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Santinho Vitor

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Padroeiro:

Prisioneiros e exilados.

História:

Vitor, o Mouro, era africano natural da Mauritânia. Cristão desde criança, quando adulto ingressou no exército do imperador Maximiano. Quando este desejou sufocar uma rebelião na Gália, atual França, recrutou, então, um grande contingente de homens do Oriente e do norte da África.

O destacamento em que veio Vítor se estabeleceu em Milão, na Itália. Entretanto o imperador exigia que todos os soldados, antes de irem para a batalha, oferecessem sacrifícios aos deuses pagãos do Império. Os que se recusavam eram condenados à morte.

Pois Vitor se recusou, mantendo e reafirmando sua fé cristã a cada ordem recebida nesse sentido. Ele foi levado ao tribunal e interrogado. Confessou novamente sua doutrina, entretanto, renovando sua lealdade ao imperador, quanto às ordens militares. O soldado Vitor, mesmo assim, foi encarcerado, permanecendo por seis dias sem comida ou água.

Essa cadeia onde ficou, ao lado da Porta Romana, até hoje é conhecida como o cárcere de São Vitor.

Depois, Vitor foi arrastado pelas ruas da cidade até o hipódromo do Circo, situado junto à atual Porta Ticinense, onde, interrogado novamente pelo próprio imperador, se negou a abandonar sua religião. Foi severamente flagelado, mas manteve-se firme. Levado de volta ao cárcere teve as feridas cobertas por chumbo derretido, mas o soldado saiu ileso do pavoroso castigo.

No meio de sua dor, Vitor fiel à sua crença em Cristo, declarou: ”Cristo é a minha salvação e a minha força, sou alimentado pelo espírito daquele que tenho recebido no meu corpo”.

O Imperador, não desistindo, ofereceu status e riquezas a Vitor, se ele sacrificasse aos deuses pagãos, mas ele mais uma vez renegou e disse: ”Eu não aceito as recompensas prometidas por você, mas eu aceito a força de meu Deus todos os dias.”

Rapidamente Vítor se recuperou e, na primeira oportunidade, fugiu da cadeia, refugiando-se numa estrebaria junto a um teatro. Mas acabou descoberto, levado a uma floresta próxima e decapitado. Antes de seu martírio, Vitor previu que o imperador iria morrer em breve.

Depois de sua decapitação, Maximiano ordenou que ninguém fosse enterrar seu corpo para que fosse comido pelos animais selvagens, mas quando o bispo São Materno o encontrou, o corpo estava intacto e vigiado por duas feras. Quando São Materno se aproximou, os animais retiraram-se e o bispo embrulhou o cadáver em linho e enterrou-o, em paz, não muito longe da pequena floresta, onde ali mesmo foi construída uma imensa igreja, a ele dedicada.

Oração:

Ó Deus e Senhor Nosso, pela intercessão de São Vitor, o Mouro, dai aos exilados, luz, graça e força para superarem as dificuldades diárias. Convertei os pecadores e fazei-os caminhar na estrada da honestidade e justiça, protegei e confortai os justos e os piedosos para que não percam a fé. Livrai-os do castigo eterno e dai a todos mais uma chance nesta vida e, na outra, a purificação dos pecados. Que o exilado volte a sua terra natal e o preso arrependido vença seus vícios e seja liberto após cumprir com a justa justiça.
Amém

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